data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Natália Müller, Diário
Eleito com 2,1 mil votos, o empresário, que atua na noite, está no primeiro mandato
No quarto mês de mandato do estreante na Câmara de Vereadores de Santa Maria Rudys Rodrigues (MDB), a curta trajetória dele já traz posicionamentos firmes e é marcada pelo aprendizado com os colegas veteranos. Os reflexos da vida pessoal norteiam as ações de Rudys no Parlamento. Além das pautas em defesa da comunidade LGBTQIA+, o vereador se compromete a apoiar mulheres de baixa renda por meio de incentivos ao ingresso no mercado de trabalho, no combate à miséria e à fome, além do esporte, como meio de inclusão social.
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Em entrevista ao Diário, o vereador esclareceu as pautas prioritárias do mandato em meio à trajetória percorrida, até aqui, nestes mais de 100 dias de exercício e os próximos passos dele na Casa do Povo.
TRABALHO SOCIAL
Com 20 anos de atuação no segmento empresarial, voltado à noite santa-mariense, Rudys diz que há nove trabalha com atividades sociais com enfoque àquelas pessoas em situação de desigualdade social. Neste sentido, tem desenvolvido ações de amparo a mulheres que se prostituem e a mulheres trans que, historicamente, são vítimas de violência sexual.
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- Desenvolvo esse trabalho de longa data, porque sei o que é o preconceito. Agora, na Câmara, quero ser a voz de quem sempre foi considerado invisível - pontua.
DISCRIMINAÇÃO
O parlamentar, ainda que de forma comedida e com cuidado na fala, deixa transparecer uma certa mágoa com alguns colegas de legislatura. Em alguns grupos de troca de mensagem, entre vereadores, Rudys diz já ter sido "motivo de chacota". O que serve, no entendimento dele, para reforçar a representatividade do mandato dele. Veja, abaixo, a entrevista:
style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Gabriele Bordin, Diário
"Quero ser a voz de quem sempre foi considerado invisível por parte de uma sociedade que age assim" - Rudys Rodrigues
Diário - Temos acompanhado seus projetos em relação às causas da comunidade LGBTQIA+, conforme garantido em sua campanha eleitoral. Quais outras pautas o senhor defende?
Rudys Rodrigues - As causas do esporte, em parceria com o vereador Givago Ribeiro (PSDB), e das mulheres de baixa renda, que precisam de apoio econômico para que, empregadas, possam combater a fome dentro das próprias casas. Eu e meu gabinete estamos produzindo cinco projetos que dizem respeito, principalmente, à oferta de cursos profissionalizantes a estas mulheres, por meio de parcerias público-privadas com instituições de ensino. O maior problema das pessoas de baixa renda, hoje, é a fome. Para isso, trabalhamos junto da Secretaria de Desenvolvimento Social do município e da ONG Igualdade.
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Diário - O que está achando dos já passados 100 dias na Câmara?
Rudys - Para mim, tudo isso é um aprendizado de vida. Estou sendo muito bem recebido pelos colegas de Casa. Contribuo nas discussões a partir das minhas experiências fora da Câmara. Quando não tenho propriedade no assunto debatido, fico quieto, aprendendo com meus colegas, que muito me ensinam, independentemente de partido. Gosto muito de escutar o (Ricardo) Blattes e a (Roberta) Leitão, por exemplo.
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Diário - A escolha pela pauta LGBTQIA+ passa por preconceitos que o senhor enfrenta pela sua orientação sexual ou é porque se elegeu com o apoio desse público?
Rudys - Infelizmente não somos um grupo que se apoia. Se nos apoiássemos, já teríamos elegido vários representantes. Tive apoio deste público, mas não foi quem me elegeu. Fui eleito, sim, com apoio de pessoas do esporte, amigos que conquistei ao longo destes 20 anos trabalhando em Santa Maria e pessoas que acreditaram em mim. Nunca tive vergonha de quem sou e do que já fiz para chegar onde cheguei.
Diário - O senhor foi para a política pelas mãos do ex-vereador Francisco Harrisson, ele segue sendo o seu padrinho político?
Rudys - Ainda temos um bom convívio, embora não diário. Sou grato a ele por me dar a oportunidade de ajudar pessoas que precisam de mim.
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Diário - Ainda sobre a sua atividade empresarial, que é uma casa noturna, o senhor não sofre preconceito de parte dos colegas de legislatura?
Rudys - Não de forma declarada (o preconceito).
Diário - Ainda que esteja apenas no começo do mandato, o senhor pretende concorrer a deputado estadual ou federal no ano que vem?
Rudys - Ainda não tenho essa intenção, mas tudo pode mudar. Para 2022, já tenho candidatos a quem vou apoiar.